O Poeta Ronaldo Balbacch fala da falta de inclusão social dos catadores de lixo para a reciclagem em tempos de eleição do Presidente da República e de outros cargos públicos no Brasil:
Eu questiono a omissão do Estado ao não proporcionar políticas adequadas às empresas do ramo da reciclagem de produtos recicláveis. Não basta criar a lei das sacolas e sacos biodegradáveis obrigando o comércio e supermercados a usarem sacolas biodegradáveis. Agora os clientes do comércio são obrigados a levar sacolas retornáveis ou comprar a R$ 0,19 cada sacola no próprio supermercado para poder carregar os produtos que adquirem nestas lojas. A norma é ecológica? Sim. Porém é inegável a falta de estrutura para o integral cumprimento desta norma. Há quem diga que algumas empresas que produzem o produto oxi-biodegradável sejam de propriedade de alguns políticos. A meu ver a maioria dos produtos recicláveis vem do lixo. O catador por não ter uma profissão especifica e até mesmo os moradores de rua são responsáveis pela grande parte da coleta de materiais recicláveis. Daí não seria a hora dos políticos e das prefeituras locais tomarem iniciativa para formar cooperativas para a reciclagem do lixo? Cadastrando os catadores para o fim de que tenham uma vida mais digna e recebam o preço justo pelo trabalho que fazem em virtude desta omissão os catadores continuam a margem da sociedade com suas carrocinhas enquanto o filão dos materiais recicláveis vai para os atravessadores que compram por preço vil. Estamos às vésperas das eleições presidenciais e de outros cargos públicos, porém nenhum político apresentou propostas concretas para a preservação do planeta, nada se fala sobre a reciclagem do lixo, e a proteção aos catadores que são os que mais trabalham pela reciclagem e os chamados sucateiros. Sem a iniciativa do Estado com o uso políticas que possam beneficiar a reciclagem do lixo fica difícil construir um “planeta sustentável” na hora de votar pense nisso. Poeta Ronaldo Balbacch
